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Jacques Lacan e Ferdinand de Saussure

Ferdinand de Saussure, um linguista suíço do final do século XIX e início do século XX, é frequentemente considerado o pai da linguística estruturalista. Sua obra mais influente, "Curso de Linguística Geral", publicada postumamente em 1916, revolucionou a forma como a linguagem é estudada, Jacques Lacan, por outro lado, foi um psicanalista francês do século XX, influenciado pelo trabalho de Sigmund Freud e pela filosofia pós-estruturalista. Lacan desenvolveu uma abordagem psicanalítica única, que enfatizava a importância do inconsciente e da linguagem na construção da subjetividade humana.

Jacques Lacan e Ferdinand de Saussure são figuras proeminentes no campo da linguística e da psicanálise, cada um com suas contribuições distintas para o entendimento da linguagem e da mente humana. Embora pertençam a diferentes períodos históricos e campos de estudo, ambos tiveram um impacto significativo no desenvolvimento das ciências humanas.

Ferdinand de Saussure, um linguista suíço do final do século XIX e início do século XX, é frequentemente considerado o pai da linguística estruturalista. Sua obra mais influente, "Curso de Linguística Geral", publicada postumamente em 1916, revolucionou a forma como a linguagem é estudada. Saussure argumentava que a linguagem é um sistema de signos, no qual as palavras e seus significados estão interligados por relações arbitrárias e convencionais, a noção de que a linguagem é um sistema de signos, em que os signos consistem em uma união entre o significante (a forma sonora ou escrita da palavra) e o significado (o conceito ou referente que ela representa). Essa relação é considerada arbitrária, pois não há uma conexão intrínseca entre o significante e o significado; é uma convenção social estabelecida pela comunidade linguística.

Ele enfatizou a importância da estrutura e do funcionamento sistêmico da linguagem, ao invés de apenas focar no estudo de palavras isoladas.

Lacan explorou a linguagem como um sistema simbólico que molda a identidade e a forma como nos compreendemos como sujeitos. Ele argumentava que o acesso ao mundo exterior e à realidade está sempre mediado pela linguagem e pela cultura. Dessa forma, a comunicação humana e o processo de significação são cruciais para a formação da subjetividade e para a compreensão de nós mesmos e dos outros.

Ele considerava que a linguagem não apenas refletia o pensamento, mas também o constituía. Assim, o inconsciente era estruturado como uma linguagem, repleto de significantes e significados que moldavam nossas emoções, desejos e crenças mais profundas.

Outro conceito-chave na teoria de Lacan é o "objeto a", que representa o objeto perdido, inatingível e desejado que motiva o sujeito a buscar constantemente sua satisfação. Esse objeto a não é algo tangível ou específico, mas sim uma falta simbólica que alimenta o desejo humano e está intimamente ligado ao funcionamento da linguagem e do inconsciente.

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